domingo, 16 de janeiro de 2011

Destino, livre-arbítrio e tempo

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Viajante, este artigo é uma reflexão breve que carrego no meu ócio com mais perguntas que respostas. Em nossa trajetória de vida: começo, meio e fim, temos alguma finalidade? Será que algo Superior já demarcou que viemos com algum propósito? Por quanto tempo? Temos poder de escolha? Sigo vã filosofando na inquietude de minha ignorância…

Há um algo superior? Deus, Ser Cósmico, Yaveh, Allah, enfim, um ser transcendental que dirige nossa vida? Ou seria apenas como afirmam algumas correntes budistas que tudo está na lei da causa e efeito, onde não existe um deus punindo as ações malévolas das pessoas, mas as pessoas criando suas causas negativas por meio de pensamentos, palavras e ações. Alguns para não enlouquecerem de vez, optam pelo ateísmo e/ou agnosticismo. Vivemos uma salada de contradições. Eu preferi enlouquecer.
O Louco
imagem do Louco: Gill Tarot de Elizabeth Gill – U S Games

Destino, livre-arbítrio e tempo são elementos básicos para o exercício da taromancia diletante ou profissional. Hereticamente creio que estamos neste plano com um propósito: evoluir continuamente. Gosto da ideia que temos uma meta a cumprir que é similar a uma gincana, que a cada tarefa realizada dentro de um tempo determinado, nos será dada outra etapa e o livre-arbítrio é como decidimos realizá-la; isto é se optarmos, conscientemente ou não, em seguir na brincadeira.

Nossas escolhas refletem nos resultados de qualquer empreitada. Se conseguiremos ou não realizar determinados planos ou metas, para tanto qual o melhor caminho a seguir... para essas e outras coisas é  que serve a orientação oracular, em princípio. O Tarô vem nos revelar o momento da pessoa na trajetória que chamamos destino e raramente foge de assuntos como amor, dinheiro, saúde ou se alguém está atrapalhando “espiritualmente” certos anseios “nossos”.

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O conceito de tempo é tanto amplo como discutível, pois a vida permeia três existências: passado, presente e futuro. Aparentemente só sentimos o agora e aquilo que seja conveniente ou desconfortável e raramente entendemos um ou outro. Se for ruim ou der errado, a culpa é do outro ou do capeta, do prefeito ou do clima. Quem é que assume suas responsabilidades e quer mudar da sua zona de conforto? Quem procura consultas de orientação quando tudo está bem? Bom, para mim é cômodo não ser comodista, mesmo vivendo a benção da dor do tempo do Arcano XIIII.

7 comentários:

  1. Olá Arierom, que satisfação ouvir de você novamente!!

    Também compratilho com você esses questionamnetos e creio que estamos aqui com um objetivo. Como o alcançaremos é outra história. Acho que nesse ponto usamos o nosso livre arbítrio para decidirmos qual caminho tomar. Algum deles são mais curtos e prazerosos e outros dolorosas e longos, às vezes somos obrigado s a retroceder, acho. Tenho pra mim que é um imenso laberinto no qual muitos caminhos levam ao objetivo final e outros tantos caminhos não passam de perca de tempo. Colocando em jogo o grande oráculo: o Tarô funciona então como um mapa. Para aqueles que o entende a jornada fica um pouco mais compreensível.

    Grande abraço.

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  2. Flávio,

    entendo o Tarô como uma ferramenta oracular e é um excelente "mapeador" do nosso momento vida. Creio que tudo tem uma medida, como coisas que podemos mudar, abrandar e apenas nos preparar.

    Forte abraço!

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  3. Belo texto, tambem espero que de fato estejamos todos pre selecionados para um ponto, e que pra chegar nele, podemos ou não, dependendo de nossas escolhas,conseguir chegar, e para quem quer, mas pode estar perdido, nosso amado Tarot, pode, como conhecedor de historias que se repetem mesmo com o virar dos seculos, nos ajudar a compreender o que e o ser humano e como deveria ser.Beijos!Sumiu fio!

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  4. @Senhordavida,

    na correria. Mas para quem deseja o Tarô é mapa e bússola. Não é imposição mas uma opção de autoconhecimento!

    Abraços.

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  5. Concordo com você em optar por "enlouquecer", mas evoluir... Aliás acho que temos a chance de fazermos isso todos os dias, a cada minuto, a cada segundo e o tarô poder vir a ser um guia, uma opção ou até mesmo uma resposta às nossas indagações. Acredito no livre arbítrio, mas acho que existem coisas que passamos que são inerentes ao nosso aprendizado e por mais que tentemos utilizar o nosso livre arbítrio para não vivenciar algumas lições, mais cedo ou mais tarde iremos confrontá-las em nossas jornadas. Gostaria da sua opinião, quanto ao arriscar-se em um momento onde parecia tranquilo e no lugar e de repente surge algo que desestrutura tudo aquilo que achávamos ser o "nosso destino". Um grande beijo!!!

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  6. Kalu,

    o que o Tarô me ensinou, é que nem tudo são livre arbítrio, carma e darma. Há esta coisa de destino, como uma gincana, metas a seguir em um contrato pré-acordado antes de retornarmos a forma, e aqui na forma, esquecemos para nosso próprio bem, de início.

    A vida me passa que voltamos para resgates, aprendizados, aperfeiçoamentos e doações, e assim sendo, nem sempre somos uma causa, apenas um efeito ou meio para nossos companheiros de percurso. Mesmo que a princípio não dê certo, há sempre um bem maior agindo a nosso favor.

    Às vezes algo naquele desejo ou momento não era correspondente à nossa caminhada. Cada situação será única e nada é contra nós, porém só o tempo para nos dar alguma pista... ou quem sabe o Tarô.

    Grato pelo prestigioso comentário e por nos acompanhar nessa jornada.

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