quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Primeiro Fórum de Tarô

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Viajante, gosto de pensar que estamos fazendo a história do Tarô em nosso torrão auriverde em ocasiões que participo de eventos desta qualidade, penso que terei o que contar para os meus netos um dia. O Primeiro Fórum de Tarô de São Paulo, foi mais uma excelente oportunidade de conhecer e rever profissionais e amigos que admiro em minha jornada taromântica. 

O contato com pessoas que são a história viva, por assim dizer, do Tarô brasileiro compartilhando suas vivências e opiniões, além de conhecer pessoalmente a nova geração e o futuro do Tarô nacional, muito me alegrou a alma. 

A iniciativa da realização foi de Nei Naiff, com apoio da Livraria Cultura e Editora Nova Era, com a dedicação de Vera Chrystina, incansável batalhadora do Tarô em São Paulo, somados a um auditório com mais de cem participantes de várias localidades do Brasil. 

Na abertura do evento, Nei Naiff alertou para o futuro do Tarô no Brasil, da necessidade de ordenar o caos simbólico que permeia as correntes de estudo e prática como a Simbólica, Mitológica e Cabalista, (haveria uma mais correta?). Esse foi o tema da primeira mesa de debates e contou com a mediação de Arham. O evento trouxe Geraldo Spacassassi e seu relato na Irlanda com o Tarô Mitológico, Nadia Greco e suas pesquisas históricas pelo mundo, tendo como pano de fundo o Tarô Visconti-Sforza e a exposição de Constantino Riemma, concluindo com brilhantismo o ciclo matinal de atividades.
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Após o intervalo de almoço, Nei Naiff deu continuidade ao fórum com informações sobre os Livros de Tarô da Renascença à Era Digital e convidou a segunda mesa de debates. Esta foi composta por Bete Torii, Claudia Boechat, Léo Chioda e aquela que foi a feliz resplandecência no evento Nelise Viera, com sua inteligência, generosidade e bom humor. 

A mediação foi de Kelma Mazziero. Debateram sobre os cursos on-line e se a internet poderia vir a substituir o professor e os livros. Usando como exemplos meios como blogs, sites e redes sociais em detrimento das aulas presenciais. Também foram levados em consideração questões como a inclusão digital e a qualidade em nossas conexões de internet.

Na sequência, a introdução ao terceiro e último ciclo de debates falou sobre a produção de cartas de Tarô do século XV ao XXI. Mediada por Vera Chrystina, a mesa apresentou as falas de Giancarlo Schmidt, Alexey Dodsworth, Flávio Alberoni e Titi Vidal. Abordando sobre jogos e orientação via MSN, webcam, Skype, e-mail e se existiria alguma diferença quanto aos atendimentos presenciais, evidenciando os prós e contras dessas ferramentas tecnológicas. Uma extensão das discussões da segunda mesa - Tarô e internet. 

Assim caminhou o Primeiro Fórum de Tarô, com tal leveza e harmonia que ao me dar conta já era início da noite. Um gostinho de quero mais começou a imprimir-se n’alma…

O melhor ainda estaria por vir quando, tocado pela satisfação do evento, o realizador Nei Naiff não conteve as lágrimas de emoção e alegria ao elaborar o encerramento. #aí sim, fomos surpreendidos novamente! Deste dia em diante, algo não será mais o mesmo…. e para melhor penso eu!

Também me emocionei com tudo e com o todo, pois para mim as pessoas ali estariam tocadas pelo mesmo fator. Indiferentes das tendências filosóficas e das linhas de atuação teóricas ou práticas, mestres ou alunos, mas como eternos estudantes, tínhamos enfim um mesmo propósito e direção: O Tarô que é Tarô! 


Bênçãos do Arcano XXI.


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