segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Arcano Regente do Ano

Quem pode

Viajante, eis um tema delicado para o curto discernimento deste que vos escreve: Arcano Regente do Ano. Rotineiramente ao final de cada ano, surgem algumas previsões em revistas de variedades, programas de televisão, na internet - em alguns nichos esotéricos - e em um ou outro meio até que nem tanto esotérico assim.

Algumas conceituações sobre o Arcano em si são bem elaboradas, textos supimpas, disto não faço questionamentos. Entendo alguns como verdadeira aula sobre os atributos do Arcano em voga. Em meu ócio herético fico a matutar se isso possa seriamente, no final das contas, nos levar à previsões do dito ano vindouro.

Será que num único Arcano encontra-se tamanha responsabilidade e poder para tanto, voltada para a humanidade e seu contexto evolutivo? Mesmo que seja para um país ou cidade? Ou para você que me lê agora? Penso que não da forma que se apresentam…

Outro detalhe que igualmente matuto, o Tarô tem como escopo tal abrangência por esta ótica? Creio que não! Porém, havendo por detrás das matérias divulgadas, previsões com métodos, ou seja, com jogadas direcionada a cada setor do nosso cotidiano, se torna mais razoável e consciencioso tal exercício. A exemplo do que penso é o excelente artigo de Ricardo Pereira em seu primoroso Substractum Tarot: A Imperatriz no Ut Universi e as previsões para o Brasil em 2010.

O que pode ser notado durante o decorrer do ano - de qualquer ano - é que podemos ter situações que se encaixam nos atributos dos 22 Arcanos Maiores se filosofarmos via #tarologues. Como igualmente poderemos ter acontecimentos de nível mundial que contradigam os conceitos do dito Arcano. Mas coisas soltas assim só fazem crescer a minha herética certeza de que não se pode vaticinar o destino da humanidade com um Arcano apenas.

Entendendo que o tema atraia curiosos, seja por mera credulidade ou para depreciar a classe esotérica, servindo de chacotas arraigadas de fundamentalismo banal. Podemos estar alimentando assim um desserviço ao Tarô.

E num ano que tivermos por esta linha de cálculo, Arcano Regente como A Torre, O Pendurado ou O Diabo? Correr para as montanhas?! Falando sério, em termos de aplicação fundamentada e estruturada, a Astrologia não possui melhor abrangência e respaldo para previsões de tal monta? Não sou astrólogo, mas encontrei este artigo que vale a pena ser lido: O Verdadeiro Regente para o Brasil. Reflitam!

Luna

Caro viajante, um Arcano trazer previsões de tal envergadura é de uma responsabilidade que não cabe ao nosso bom Tarô, penso eu. Quem conhece as bases do Tarô conhece a finalidade e a abrangência do mesmo. Mas que cada um continue fazendo o seu melhor! Desde que este melhor agregue fundamento e comprometimento.

No mais, não deixa de ser um bom exercício de semântica taromântica. Em alguns textos que apreciei encontrei algo que vale a pena a leitura e a reflexão, pois trazem mensagens de esperança e otimismo para o ano que que se aproxima.

Seja como for, que as bênçãos do Arcano III - A Imperatriz, cubra cada passo de sua jornada em 2010, com abundância e acréscimo! E o prosperar seja o Regente de cada dia que você desenvolva!

2 comentários:

  1. Olá. Creio que a abordagem dada ao Arcano Regente é um tanto quanto ortodoxa, sobretudo no que diz respeito aos Arcanos ditos "sombrios".
    O que considero fundamental no Arcano Regente é a possibilidade de termos um "tema", um padrão reflexivo que nos permita investir mais em determinadas áreas de nossa vida e personalidade. Citando seu exemplo, um ano regido pelo Enforcado seria um ano de nos dispormos a enfrentar os desafios com mais coragem que o usual, pela dificuldade de comunicação gerada 1) pelo excesso de sensibilidade 2)pelas falhas de comunicação. Neste ano de 2010, por exemplo, creio que o mote seria a busca da satisfação pessoal. Isso permeia qualquer ano, mas neste, em especial, é um desafio e um convite ao crescimento.
    Grande abraço!

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  2. Emanuel,
    grato pelo comentário e entendo seu ponto de vista que vai ao encontro do que escrevi e penso. Temos que tirar o melhor sempre do Tarô, como você frisa muito bem o mote. Coisa que como tarólogos certamente encontramos no próprio Tarô: o conselho ou postura diante até da mais "sombria" projeção de uma tiragem. Mesmo em face dos fatos mais trágicos, como tem sido este início de ano, precisamos buscar a esperança.

    Forte Abraço!

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