O homem traz em si mesmo o dínamo gerador de suas dores e alegrias: A MENTE - Henrique José de Souza
Viajante, o artigo Um pouco sobre Tarô vã-filosofava sobre essa necessidade que o homem sente, desde que a propriedade de pensar lhe ocupou as sinapses, de saber o que está para acontecer. Para tanto, ele foi desenvolvendo maneiras e fórmulas para ter um instrumento que, se não revelassem o que estava no porvir, ao menos servissem de bálsamo para suas angústias, ou combustível para seu desespero...
Quando lemos sobre a mitologia grega, por exemplo, percebemos muito aparente a força que os oráculos exerciam sobre as personagens ali descritas. O exemplo solto que me vem à mente é a história de Édipo: Laio, o rei de Tebas, havia sido alertado pelo Oráculo de Delfos que uma maldição iria se concretizar: seu filho (Édipo) o mataria e se casaria com a própria mãe.
Imagino se Laio então tivesse pedido um conselho sobre como evitar tal tragédia antes de agir como descrito na história... Além de mudar o ocorrido, provavelmente Sófocles (dramaturgo que contou o caso) não tivesse o sucesso de crítica e público que detém. E provavelmente Freud não explicaria tanta coisa assim com essa história.
Dirimir as angústias é 95% do que leva um consulente a nossa mesa... quando algo na vida não está harmonizado. Às vezes o consulente está aberto, mas a vida não ou vice-versa. Analisar uma questão pode até servir como um tipo de catarse, apesar de não ser analista ou padre, acabo tornado confidente, mas não cúmplice.
Nestas circunstâncias, o que passo sutilmente é o conselho, fazendo questão de ressaltar aos poucos, mas sem impor. Certo que o conselho não é o que vai acontecer, e sim a melhor maneira de como o consulente pode se sair de uma situação, apontando outras escolhas. E assim, quem tem o poder de mudar é aquele que pode ou não seguir os aconselhamentos.
Já tive retornos, onde o presságio não ocorreu. Acontece. Mas em sete anos ainda não tive um feedback que o conselho dado conduzisse a algo ruim. Como também é até comum ouvir “Ah, se eu tivesse ouvido aqueles conselhos...”
Só para fixar: Faz quem pode, segue quem quer, e mais - aprende quem tem juízo! Agora o Viajante adivinha o que farei? Agradecerei pelos preciosos minutos que emprestaram seus olhos e atenção, desejando que tenham uma boa semana. Grato e aguardem o próximo artigo.
Olá!
ResponderExcluirBelo artigo, Arierom!
Ralmente, o homem sempre em busca de um alívio para suas dores. Sem falar no poder dos nossos pensamentos...
Quanto mais estudo o Tarot, mais gosto de me aprofundar no conhecimento. Claro, não podemos dissociar presságio de conselho - duas "funções"*** dos Arcanos -, mas este sem dúvidas, nos é muito mais valioso. Aprendemos assim, a encarar os acontecimentos de uma forma mais 'leve', mais clara e trabalhamos melhor nossa postura e forma de pensar.
Bom texto para reflexão!
Abraços.
*** = aqui fiquei sem saber qual melhor expressão usar.
@Luar
ResponderExcluirque seja ***= : "possibilidades", no uso oracular, entra outras como terapia, meditação e etc.
Sempre dependerá se o conselho for seguido na direção que os Arcanos mostram, a magia como as respostas está muitas vezes naquele que se consulta. O Tarô é um facilitador que abre uma porta mas não faz ninguém passar por ela. Um despertador que toca, mas não levanta ninguém que não deseje despertar.
Minha pretensão é de fazer as pessoas pensarem e se repensarem. Grato pela visita!