quarta-feira, 27 de maio de 2009

Curiosidades

clip_image001Viajante! Em meu ócio contemplativo, uns pensamentos vãos me passam de quando em vez: Por que os ocultistas só despertaram para o Tarô em meados do séc. XIX? Lançando um emaranhado de formulações para sacralizar e justificar suas incursões sobre o mesmo? Porque será que outras áreas do conhecimento atualmente tentam puxar o velho conjunto de cartas para seus respectivos orbes de domínio? O Tarô é Mundano? Profano? Sagrado? Desvairado?

Seu uso certamente mais conhecido - e nem por isso menos depreciado devido alguns e outros - é o profano: adivinhar, pressagiar, aconselhar. Desvairadamente do mundo, pois é aberto a qualquer um que o procure para consulta e/ou estudo e prática. Sagrado? Porque veio de eras imemoráveis via sábios antigos e esquecidos? Não!

Sagrado sim, porque fala do que há em nosso ser, onde há aquela partícula sacralizada que nos foi legada pela Divindade Cósmica que nos constituiu de sua imagem e semelhança - imitação de um de seus aspectos.

Fala do nosso momento, das nossas alegrias e angústias, aponta caminhos, desvela possibilidades e sem dúvida, o que para mim há de melhor: aconselha ao pressagiar. Revela que, se tem problema, tem solução. Mas será que estamos preparados para ouvir? De irmos ao encontro do nosso sagrado? Nos autoconhecer em 22 doses distintas destiladas em 56 porções graduadas? Emolduradas na forma de um método? Ousamos olhar para dentro? Ou será que procuramos um relax for ego para nos encher de auto-indulgência?

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Se a Astrologia é mãe de todos os oráculos, como dizem ser, não seria o Tarô um pai tardio? Pois como ele é eclético! Como ele se permite, ao ponto de sofrer toda série de abusos e absurdos, não só dos leigos ou fundamentalistas, mas de seus próprios ditos seguidores e operadores.

Mas pelo rumo-sem-rumo do Arcano s/nº, nem só de equivocados é feita a “classe”. Muitas pessoas por este mundo velho sem porteira estão realizando trabalho e serviço de altíssima qualidade, dedicando uma vida para que se expanda sua estrutura e fundamento sem desvirtuações ou devaneios egóicos ou comerciais. 

Certa vez me perguntaram:  "por que uma pessoa tão esclarecida, articulada e desenvolta, ficava com esta história de Tarô? Uma crendice sem fundamento, artefato de embusteiros? Muto me admira... Vim para saber..."

Respondi: Se hoje estou assim, devo a meus esforços pela vida entre ousadias, onde errei e acertei, e quando me vi contaminado na alma por esse vírus sem cura comecei a me ajustar com minhas limitações e supressões. E vou cada vez pior desde então, obrigado.
Num silêncio que podia se cortar com um Ás de Espadas levantou-se, pagou e saiu. Ainda é meu consulente. Vai entender, mas ainda vou questioná-lo quanto a isso, qualquer dia desses. Ora se vou!


2 comentários:

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